Despedida em Washington

No último dia na capital americana, ficamos desfalcados de Wal, que decidiu tirar o dia para descansar com forte dor de garganta. Não desanimamos e seguimos nosso caminho pela estação de metrô da Van Ness, mas paramos dessa vez na estação Metro Center, para ficarmos mais próximos da Casa Branca. Descemos uma pequena ladeira e de cara paramos na porta do Warner Theatre para rápidas fotos... em poucos dias começaria ali alguns shows de Cindy Lauper.

Após muitos metros de caminhada e um pouco de frio , chegamos aos portões frontais da Casa Branca... nada demais, mas Rodrigo pegou o telefone e simulou uma ligação bem íntima com Obama e Michele, arrancando risadas de todos. Sentamos à frente do Monumento ao General Sherman, com o lindo Prédio do Tesouro Americano ao fundo.

                                               

Seguimos andando pela rua 15 em direção ao National Mall, passamos por trás do Monumento a Washington, continuamos seguindo em frente em direção a margem do Rio Potomac. Pelo caminho observei a entrada do Museu Americano do Holocausto e fui questionado pelo grupo para onde estávamos  indo... Mas logo a resposta chegou ao avistarmos  um lindo parque na beira do Rio onde pode ser visto ao longe, na outra margem, o Memorial de Thomas Jefferson. Por ficar no lado esquerdo do National Mall, muitas vezes é esquecido, mas aconselho essa rápida caminhada para conhecê-lo.

                                              

Voltando pelo caminho fiz uma ligação para o simpático casal Alicia e David, de Mansfield no Texas, interrompendo seu café da manhã, mas dizendo o quanto estava encantado com a beleza da capital americana. Chegamos a praça The Mall, cercada por Museus e finalmente entrei no mais esperado por mim... Museu de História Natural Smithsonian!!! Realmente é muito legal... 

O tamanho e o acervo colocam os seus similares em Nova Iorque e em Londres no bolso. Logo na entrada uma réplica em tamanho natural de um elefante nos aguarda. Virei a direita e entrei em um longo espaço com fósseis de dinossauros,,, Um Triceratops e um Tiranossauro Rex te recepcionam.. 

Ri bastante da ossada com minúsculo braço do segundo... Existem ali muitas espécies... Dá para perder muito tempo na pré história. Ainda no primeiro andar você visita um salão com a vida marinha, com a réplica de uma baleia azul em tamanho natural, e em outro salão animais de todas as florestas dos diversos continentes... 

No segundo andar possui um salão com pedras preciosas, uma ala toda de insetos, onde me sentei numa réplica de casa de cupim, além das múmias e restos humanos. Na parte destinada ao corpo humano existia um painel com a foto de um homem em 3D, e a medida que você passa por ele, vai se retirando camadas, vendo os músculos e o esqueleto. Passamos por uma longa galeria com ossos de muitos peixes e répteis, como arraias, baiacu, tubarão, crocodilos e tartarugas, chegando a ossada de mamíferos, como: várias espécies de macacos e morcegos. Em uma outra sala escura, um globo suspenso ao centro, contava a origem dos oceanos e sua distribuição, sentamos para assistir e o cansaço nos traiu... quase dormimos no aconchegante recinto... Hora de ir embora...

Passamos na lojinha do 1° andar, comprei um brinquedo de recordação, ensaiamos assistir o IMAX do momento, mas seriam 15 minutos falando da Era do Gelo totalmente em inglês e o grupo pouco familiarizado com a língua vetou o filme, com medo de dormirmos mais...

Após duas horas de descobertas saímos do Museu e pegamos a Rua 12 e subimos 3 quadras em direção a estação Metro Center... Estávamos cansados, mas uma visão revigorante nos despertou... Na estação tinha uma entrada para A Macy´s de Downtown... Perdemos mais uma hora rodando no meio de tantas opções... e compramos!! Pouco, mas compramos!!! A pedidos gerais mudei nosso destino e seguimos em aventura de metrô para a estação Woodley Park-Zoo da linha vermelha e soltamos em uma praça mais movimentada... O frio já chegava perto dos 4° e seguimos por 15 minutos de caminhada até a rua 18 de Adam´s Morgan e toda a sua boêmia e cores...

Muito comércio, salões e principalmente... bares étnicos. Acabamos entrando em um bar Irlandês, onde voaram agradáveis 2 horas de muito bom papo várias cervejas, água, tira gosto e até um bom vinho, que Alinne não gostou (achou fraco e doce).... Resolvemos pegar nosso rumo para casa às 19 horas, com temperaturas perto de 0°, andamos todo o caminho de volta, onde ainda encontrei um consultório dentário de nome Dr. Lee.

Pegamos nosso Metrô da linha Vermelha, passamos no nosso mercado de todo dia, Giants, e munidos de uma boa comida, voltamos ao flat para encontramos nosso descanso e uma sorridente Wal a nossa espera.

Valeu cada minuto desses três dias... Washington nos surpreendeu, encantou e merece um passeio calmo e prazeroso.  Fica a dica para um agradável e enriquecedor local de viagem.

National Mall

E assim começamos nosso primeiro dia de passeio por Washington, com uma temperatura de 7°C. Passaríamos o dia no famoso National Mall, parque de 3 km que vai do Capitólio Americano, ao Memorial de Lincoln. Saímos do nosso flat, e andamos por 2 quadras até chegarmos na estação do metrô da Van Ness. Seguimos pela linha vermelha por umas 8 rápidas paradas e saltamos na estação da Union Square... Saímos andando e parecíamos perdidos sobre que direção seguir, de cara o local parecia muito bonito. Perguntei a um transeunte sobre o nosso destino e ao procurar entre as árvores a frente fui tomado pela visão esplendorosa da cúpula do capitólio....

Seguimos por alguns metros com várias paradas para fotos da região e de sua linda flora do outono , até chegarmos ao fundo do edifício mais deslumbrante do National Mall. Tínhamos uma visita interna teleguiada marcada com antecedência para às 9:50 hs, pelo site http://tours.visitthecapitol.gov/, o que nos fez babar menos e segurar um pouco as milhões de fotos que gostaríamos de tirar.

Descemos pelo elevador e adentramos na região de visitantes, onde após passarmos por aquela segurança típica de aeroporto, entramos nos salões do Capitólio, mostramos nossos vounchers e pegamos uma rápida fila até entrarmos em um cinema. Em quinze minutos assistimos a história da capital americana,  um pouco do carisma e determinação que tinha o líder Lincoln, além de uma retrospectiva das principais leis sancionadas ali... Uma bonita história.

Na saída, algumas pequenas filas são formadas, e com head fones seguimos um guia que explica a história e curiosidades dos salões do edifício. Na primeira sala, encontramos o centro geográfico da capital, local onde foi construído um mausoléu para George Washington, mas que o mesmo não quis permanecer ali. Seguimos por mais 3 câmaras, todas com pinturas e estátuas de mármore e granito de figuras importantes da história e política americana. Confesso que a vontade de registar por fotos tanta beleza e arte  fizeram me afastar um pouco do guia e perder parte da narração.  A sala da cúpula foi o clímax para mim. Sendo a quarta maior cúpula do mundo, o local é de extremo requinte e cuidado, no alto do domo, com seus 88 metros, vemos a pintura "A apoteose", de Constantino Brumidi. Nessa pintura para os estudiosos da alquimia e outras artes secretas, é retratado a verdadeira relação de George Washington como o Cristo Americano. O que de fato pode ser comprovado é que existem muitos simbolismos em sua estrutura maçônica.

Ao final do passeio, pudemos tirar mais fotos da estrutura colossal, e ainda na parte de trás visitar a escadaria do prédio da Suprem Corte Americana e a Biblioteca do Senado, a segunda estrutura pode ser visitada também a partir do capitólio no fim do passeio, passando por um túnel subterrâneo.

Seguimos passeio, mas antes parei em frente ao capitólio onde simulei ser um jornalista correspondente dando notícias ao telejornal da Globo... palhaçadas viajando comigo e Rodrigo são constantes...

Demos a volta e passamos pela frente do prédio... passamos ao lado do Jardim Botânico da cidade, onde muitas flores e plantas ficam pelo seu caminho , até chegarmos na praça principal... Aqui andaremos mais de um quilômetro por uma grande praça central, rodeada pelos dois lados por alguns dos mais importantes museus americanos, os do Instituto Smithsonian, e por iniciativa do governo, são gratuitos para visitação. Primeiro entramos no Museu dos Ìndios Americanos, um prédio moderno, onde vimos apresentações de atores como índios, e onde Alinne pode comer um hambúrger de carne de búfalo. Aqui existe uma praça de alimentação com comidas típica indígenas basicamente formadas por caça e pesca.

Seguimos o caminho e paramos no Museu Aéreo Espacial Smithsonian. Aqui muitas aeronaves ficam penduradas e algumas podem ser visitadas no seu interior. Um belo passeio para quem curte aviões e foguetes. Digo que é um museu bem peculiar e vale a visita. Segui para a praça de alimentação onde  apenas uma rede de fast food é oferecido aos visitantes, e comi junto a Rodrigo um prato de meio galeto com purê de batatas e vagem, enquanto Alinne e Wal saboreavam um sorvete de sobremesa.

Saímos do Museu e seguimos alguns metros para uma rápida foto em frente ao Prédio Administrativo do Instituto, conhecido como The Castle ( O castelo), sendo também o centro de informações do Smithsonian. Seguimos até o fim da praça e pude notar que em toda a extensão a beleza e imponência do capitólio te acompanha, em ângulos e tamanhos diferentes, mas atravessamos a rua para uma parada técnica, e uma rápida foto no Monumento a Washington, que infelizmente está em reformas e fechado.

                           

 
A poucos metros entramos no Monumento Nacional a Segunda Guerra Mundial.  Posso dizer que é belíssimo, a estrutura e sua homenagem, aos 50 estados, divididos na sua região leste e oeste, além das Filipinas, Porto Rico, Guam, Samoa Americana e Ilhas Virgens Americanas... São 56 pilares que circundam  uma grande piscina com fontes e luzes...

Seguimos pela lateral do Espelho D'agua em direção a outra ponta O Memorial a Lincoln. Aos pés das escadarias, podemos tirar fotos lindas do Monumento a Washington e seu reflexo no Espelho Dágua, imagem que te acompanha ao topo das escadas com uma visão espetacular de toda essa estrutura, e ao adentrar no memorial, pudemos ter o contato com a estátua de Lincoln. Essa grande estátua feita em mármore, simboliza a resistência, união, força e sabedoria. Atrás da figura sentada , na parede, podemos ler a frase: "Neste templo, como nos corações das pessoas para quem ele salvou a União, a memória de Abraham Lincoln está consagrado para sempre."

                         

Saímos do memorial encantados com tanta beleza e esmero por parte da administração em manter essas obras e memoriais. Seguimos na lateral e atravessamos a rua, passeando pelo parque, fomos hipnotizados pela diversidade de cores das árvores e paramos para registrar a beleza do Outono Americano.

Já estava escuro, quando comemos um cachorro quente de barraquinha, e João finalmente resolveu almoçar, em um restaurante de comida saudável chamado Cosi (recomendo). Seguimos algumas quadras e paramos na parte de trás da Casa branca para uma rápida foto...


Cansados procuramos o ponto de metrô mais próximo e entramos. Acabamos entrando na linha azul em Capitol South, o que me fez fazer uma troca de metrô para a linha vermelha na estação Metro Center e seguir para a nossa estação na Van Ness.
Em um dia com calma pudemos passear pelo National Mall e posso dizer que foi unânime o encanto. Todos repetiam o quanto o lugar cativou nosso corações. Porém para curtir direito os museus, é necessário um dia a mais nessa capital de pura beleza. E nosso passeio ganharia o seu segundo dia ...

Washington ... Um Encanto de Cidade

Nossa saída do aeroporto foi até tranquila, após as horas de espera, utilizei um dos serviços de transporte , tipo van, que ficam bem em frente as esteiras de chegada das malas. Serviço barato, e que te leva na porta do seu endereço. Confesso que após suar muito no clima de Miami, finalmente respirei aquele ar gelado com seus 11 graus de temperatura agradável... Alinne logo se assustou, e ali seguimos viagem em direção ao Flat locado pelo serviço AirBnb. O passeio já foi interessante, pois além de nós cinco, mais um casal e uma senhora estavam na Van e fizemos um breve city tour, pois o motorista resolveu deixá-los primeiro, voltando por um novo percurso. Pude ver de longe toda a baixa arquitetura da cidade, sua arrumação e limpeza, alguns viadutos, muito bem adornados com leões de pedra,e o Monumento a Washington... de longe, junto com a primeira frustração: o mesmo está recoberto com uma estrutura metálica, em reforma, desde um terremoto de 2010 que quase o derrubou, e por isso a visita ao seu topo já estava descartada.

Chegamos na Avenida Van Ness, no bairro de mesmo nome( Van Ness/Forrest Hills). O Flat Embassy era muito bem localizado, próximo da esquina com a Avenida Connecticut, e suas instalações bem simpáticas e modernas. Ficamos meio deslumbrados com a beleza vista até ali, e ao tirar as malas da Van, Alinne acabou deixando sua charmosa boina no interior do veículo, fato só notado já no apartamento. Subimos ao 6 andar,  após uma rápida comunicação com o proprietário via SMS, onde a porta estava aberta nos esperando. O Flat era bem espaçoso, com um belo quarto com cama de casal e uma sala enorme, com uma pequena cozinha bem equipada e varanda. Pegamos os colchões infláveis, abrimos acampamento na sala( eu, Rodrigo e Alinne), e curtimos a primeira experiência positiva em aluguel de apartamento nos EUA. O prédio possuía quadra de tênis, piscina, academia de ginástica e um  lobby, com café para recepcionar os hóspedes e moradores.

Deixamos Wal descansar e arrumar seu quarto, e descemos pela avenida Connecticut por 3 quarteirões. Nessa primeira impressão da cidade passamos por uma loja de bebidas( e claro que entramos), um restaurante tailandês, Bank of América, um Seven Eleven e uma grande Walgreens...  Na outra esquina tinha uma escadinha que nos levava ao Giants, um supermercado que foi point nos nosso três dias, onde compramos nossos lanches, café da manhã, rosquinhas, cerveja, pratos congelados e muito mais.

Atravessando a rua, estava a estação de metrô Van Ness. Desci suas escadas para me familiarizar com nosso futuro transporte. O segundo lance de escada era muito comprido e íngreme... Levamos quase um minuto só de descida. Na estação  vi o preço dos cartões, peguei o mapa das linhas, estávamos então na vermelha, e me preparei para o próximo dia. Você compra um cartão , coloca a quantidade de dinheiro nele, e o usa até acabar seus créditos e então você reutiliza... Tudo em grandes máquinas, sem a ajuda de ninguém...

Subimos as escadarias e ao nosso lado existia uma Starbucks e alguns monumentos que eram Bolas de Concreto de vários tamanhos e cores. Fizemos graça, fotografamos, e partimos para nosso apartamento, para comer e descansar, afinal o próximo dia seria longo e cansativo... o National Mall!!!

E assim vivemos nosso fim de tarde e noite nesse primeiro dia na capital americana!!! 

Acaba o Hiato de Silêncio

Tudo que é bom.... deveria durar pouco, mas posso dizer que a última viagem durou o necessário: nem muito , nem pouco!! Minha chegada foi brindada com grandes novidades, como uma convocação imediata para um esperado concurso, rotinas de apresentações em outra cidade (Salvador), volta ao trabalho, festividades de final de ano, meu aniversário, e uma pedida de descanso.


Isso tudo fez com que meu blog tivesse um momento de silêncio e introspecção. Além disso o ritmo frenético imposto durante a minha estadia, e o pouco tempo disponível para mim, e só para mim, frustrou os meus planos de escrever sobre as aventuras e descobertas em tempo real durante a viagem, seja pela correria do dia a dia, pela internet escassa ou até pelo isolamento eletrônico durante o cruzeiro no mar do Caribe. 

 O fato é que precisei parar e respirar para aproveitar o máximo as novidades, ajudar os amigos que necessitavam do meu trabalho "Leo Google Tradutor", além de guiar a turma para conhecer e aprontar tudo o que podíamos dentro dos limites físicos, emocionais e financeiros.

Pensando que poderia abraçar o mundo e me alimentar de prazer, vivenciei todo o meu período de férias viajando, mas meu corpo pediu um descanso, e precisei energizá-lo novamente para estar aqui. 

Com o ritmo voltando ao normal (acelerado, pois sou assim: tudo ao mesmo tempo agora), volto a fornecer as informações e escrever aqui, coisa que muito me agrada e me faz dividir minhas experiências e aprendizados. A partir de agora, voltarei no tempo e escreverei regularmente sobre o resto de minha viagem, que ficou estacionada lá na chegada a Washington, e cheia de coisas legais que pude viver!!!

Afinal pedi férias das minhas férias!!!

Tradução do Balão: Eu vou precisar de Férias dessas Fèrias !